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Jordan PetersonPodcast

Regra 12: Acaricie um Gato ao Encontrar um na Rua

By 14 de janeiro de 2025No Comments

“Acaricie um gato ao encontrar na rua” é o último ensino de Jordan Peterson e a 12º regra do livro 12 Regras para a Vida: Um Antídoto para o Caos, e encerra a série com um título que, à primeira vista, parece trivial, mas esconde uma reflexão profunda sobre a condição humana.

“Acaricie um gato ao encontrar um na rua” é uma metáfora para aprender a valorizar os momentos de beleza e consolo que a vida oferece, mesmo em meio ao caos e ao sofrimento.

A Vida é Inconstante, Mas Não Sem Esperança

Peterson começa explorando a natureza inevitável do sofrimento na vida humana. Ele argumenta que a realidade não é perfeitamente ordenada, mas sim repleta de desafios e limitações que fazem parte intrínseca da existência. O sofrimento, segundo ele, não é uma exceção, mas uma característica essencial da vida.

Nesse contexto, a metáfora do “acaricie um gato” é significativa. Ao contrário dos cães, que frequentemente estão prontos para receber atenção, os gatos são mais reservados e seletivos. A oportunidade de acariciar um gato não surge a todo momento.

Assim, a regra nos convida a reconhecer e aproveitar esses momentos raros e preciosos que trazem alívio e alegria, mesmo quando tudo parece sombrio.

O Sofrimento e a Limitação Como Parte da Realidade

Para ilustrar o impacto do sofrimento, Peterson compartilha uma experiência pessoal sobre a doença autoimune de sua filha. Ele descreve os desafios, a dor e as limitações impostas por essa condição, mostrando como esses aspectos fazem parte da realidade tanto quanto as coisas boas. A mensagem central é que o sofrimento não é algo externo à vida, mas um componente integral dela.

Ele utiliza uma analogia poderosa para explicar essa ideia: o sofrimento na realidade não é como uma gota de óleo em um copo de água, algo estranho e separado, mas como o átomo de oxigênio em uma molécula de água — parte essencial e inseparável da composição.

Encontre Beleza no Meio do Caos

Apesar do sofrimento, a vida oferece pequenos momentos de beleza e consolo, como o encontro com um gato na rua. Peterson defende que é essencial estar atento a essas oportunidades e valorizá-las, pois são elas que nos ajudam a seguir em frente. Ele conecta essa ideia ao conceito de “tornar-se” — o ato de transformar-se continuamente, que só é possível em um mundo limitado.

Essa transformação, porém, exige aceitação. Aceitar que a vida é limitada e que o sofrimento faz parte dela não significa resignação, mas sim uma postura de abertura para o aprendizado e para o aproveitamento das experiências que realmente importam.

O Valor das Limitações

Peterson explora o tema das limitações através de diversos exemplos, incluindo a escolha de um cônjuge e até a narrativa de super-heróis como o Super-Homem. Ele argumenta que as limitações tornam as histórias interessantes e relacionamentos significativos. Sem limitações, não há desafios, e sem desafios, não há crescimento.

Esse ponto reflete uma visão teológica e filosófica. Peterson cita a criação humana como um exemplo da forma como a limitação e o sofrimento se integram à existência. Para ele, Deus, sendo perfeito e ilimitado, criou o ser humano com limitações para possibilitar a existência de histórias, crescimento e transformação.

A Sabedoria de Acariciar o Gato

Ao concluir a Regra 12, Peterson nos lembra de algo essencial: a necessidade de viver um dia de cada vez, especialmente nos momentos de dificuldade. Ele faz referência ao versículo bíblico de Mateus 6:34, que nos ensina a lidar com os desafios do presente sem nos sobrecarregarmos com preocupações futuras.

Acariciar um gato ao encontrá-lo na rua, então, não é apenas uma metáfora para aproveitar momentos de beleza. É um chamado para encontrar consolo naquilo que é simples e presente, para reconhecer as pequenas dádivas que tornam a vida suportável mesmo nos piores dias.

Conclusão: Um Encerramento Inspirador

A Regra 12 encerra as 12 Regras para a Vida com uma mensagem de esperança e resiliência. Ela nos lembra que, embora a vida seja inevitavelmente difícil, também oferece momentos de beleza e redenção. Esses momentos, por menores que sejam, são o que nos ajudam a continuar, nos dão força e nos conectam com o que há de mais humano em nós.

Assim, ao encontrarmos um gato na rua, devemos acariciá-lo, não apenas por ele, mas por nós mesmos. É um ato simbólico de apreciação pela vida, com todas as suas limitações e maravilhas.

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